quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Até quando, meu Deus?

Não é a minha intenção, transformar meu blog em um muro de lamentações...mas hoje preciso desabafar.
Já faz tempo que vira e mexe me sinto assim...perdida, literalmente sem rumo. Sem saber o que fazer, meio inconformada com a minha realidade. Vou tentar explicar melhor...
Há 6 anos atrás trabalhava em uma grande empresa, tinha amigos(?), um bom salário, e uma rotina que estava acabando com a minha sanidade...não aguentei e saí...sem planejamento, com dividas e a ilusão que sobreviveria sendo "apenas" esposa, mãe e dona de casa. Como costuma acontecer, quebrei...digo que se eu fosse uma empresa, seria uma empresa falida.
Até qdo, o preço desta minha decisão desastrosa vai me acompanhar? Quando vou realmente virar a página e seguir sem a corrente da culpa amarrada no meu pé?
Estou cansada de sobreviver, quero viver!

3 comentários:

  1. Raquel,
    há dias em que nos sentimos perdidas mas, mantenha-se apaixonda por alguma coisa, que possa preencher o seu vazio.
    Não fique agarrada a coisas passadas.Tente se envolver em coisas presentes, mesmo que simples mas, que te deem prazer.
    Tenha fé em Deus, acima de tudo.
    Beijo.

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  2. Olá, Raquel!
    Estava a mexer no meu blog, e descobri que eras uma seguidora dele. E descobri então o teu blog!
    Ao ler este post, entendi que te sentes desvalorizada e meio perdida.
    Também já passei momentos assim. E também deixei o meu emprego para ficar em casa, quando nasceu o meu filho. Já lá vão cerca de 4 anos.
    Tenho tido coisas boas e coisas más, nesta vida de dona-de-casa.
    O importante é encontrares uma rotina que te seja agradável, e, acima de tudo, manteres a auto-confiança inabalável.

    O facto de teres criado este blog já foi um excelente passo. Estás em contacto com o mundo! Eu estou a escrever de Portugal.

    Muitas vezes, quando eu estava no meu emprego certinho, mas muito pouco satisfatório, eu sonhava em que um dia me saísse a loteria e em ter a possibilidade de não precisar mais de trabalhar. Levantar cedo, aturar chefes e colegas, ter que cumprir ordens, ser tratado como um subalterno... de tudo isso eu já estava farta.

    Não me saíu a loteria, mas porque o destino foi muito meu amigo, tive a possibilidade de concretizar esse desejo.

    Também passaste pelo mesmo?
    Então, agora é a fase em que estamos a viver aquilo com que sonhámos. Somos livres. Temos tempo. Mais ninguém manda em nós. E que fazemos com tudo isso?
    Agora temos que aprender a viver de maneira diferente daquela que vivíamos quando tínhamos emprego.

    Existem montes de vantagens em ser dona-de-casa.
    Eu tenho-me adaptado a esta vida, e já não me imagino a correr para chegar a horas ao trabalho, e a ter que engolir sapos, como acontece a todas as pessoas que têm empregos assalariados.

    Usufrui da tua vida, Raquel. Tens uma benesse que muitas mulheres adorariam ter, mas não podem.

    Além disso... não estás sozinha.

    Beijos

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  3. Olá Raquel.Há dois anos perdi o meu emprego, não porque eu quisé-se, mas porque ele fechou, senti-me perdida e confusa, visto eu na altura ter 47 anos.
    Mas agora acho que isso tinha que acontecer, porque tambem eu já estava farta daquela rotina, mas nunca teria a coragem de tomar a decisão que voçê tomou. Agora olhando para tráz vejo que a vida quis pôr as coisas no seu devido lugar.
    Procurei outros caminhos e novas experiencias, e de momento estou a fazer aquilo que nunca tinha imaginado e estou a adorar.
    Veja a vida como um puzzel, e que Deus, a Vida ou o Universo, irão pôr as peças no seu devido lugar.
    Tudo de bom para si.
    Helena

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